A PJMP no Brasil

Há cerca de 32 milhões de jovens no Brasil: 25% da população na faixa de 15 a 24 anos. Em 1960, o número de jovens na América Latina era de 38 milhões e meio, em 1980, 73 milhões e 300 mil; de modo que, nestes 20 anos, a população jovem dobrou.

O papel que o jovem desempenha hoje será a garantia do papel que, como adulto, desempenhará amanha. Os jovens se encontram na etapa em que se fazem grandes opções, que decidem o futuro de sua vida.

Através da Pastoral da Juventude, a Igreja "apoiará os jovens, principalmente de bases populares, a tomarem consciência de que são marginalizados por estruturas sociais desagregadoras...” Os documentos de Medellín e Puebla apontam os jovens como agentes importantes na transformação da sociedade e renovação da Igreja, porque nossas vidas moldam a face do mundo de hoje e de amanhã.

A nossa sensibilidade aguda diante de tudo o que é a negação da liberdade faz parte de uma convicção mais ampla de nosso tempo: “A consciência da liberdade e da dignidade do homem, conjugada com a afirmação dos direitos inalienáveis da pessoa e dos povos, é uma das características predominantes do nosso tempo. Ora, a liberdade exige condições de ordem econômica, social, política e cultural que tornem possível o seu pleno exercício. A viva percepção dos obstáculos que a impedem de se desenvolver e ofendem a dignidade humana encontra-se na origem das fortes aspirações à libertação que hoje fermentam em nosso mundo" (Instrução Sobre a Liberdade Cristã e a Libertação).

 

A PJMP TEM COMO CARACTERÍSTICAS:

  1. Agrupar e articular jovens das classes populares;
  2. Ajudar os jovens a se reconhecerem como membros da classe explorada;
  3. Acolher os jovens que não são do meio popular, mas que com ele se identificam e assumem sua proposta;
  4. Levar os jovens a se perceberem como uma força importante na caminhada do Povo de Deus pela libertação; 
  5. Favorecer a atuação dos jovens do meio popular nos bairros, nas escolas, nos locais de trabalho;
  6. A prática da PJMP é levar os jovens a assumirem sua classe, despertando assim para o engajamento nos organismos de transformação da sociedade, visando o Reino de Deus e dar acompanhamento aos jovens engajados. A consciência de classe é fruto de uma formação sócio-política, teológica, eclesial, que leva o jovem a se engajar rios mecanismos de transformação da sociedade, a partir do seu meio.
  7. A PJMP contribui com os movimentos de transformação quando seus jovens militantes participam ativamente desses movimentos, contribuindo assim para o fortalecimento do poder popular. A proposta da PJMP adquire características próprias de acordo com a realidade local.