Vícios e dependências

O tempo se passou e muitas coisas mudaram, isto é, ganharam mais força. Com o avanço do mundo moderno, o advento dos meios de comunicação começou a se parte presente na vida de milhões de pessoas, especificamente na vida dos adolescentes e jovens.

Chegou entre nós os computadores, celulares, tablets, etc. E junto com eles vieram os aplicativos, que ora servem  para informação e formação, ora servem para perder tempo com bobagens que não são formativas. O público mais afetado com os meios de comunicação exagerado, são sem dúvida, os jovens e adolescentes, que criaram uma certa dependência, gerando transtornos mentais e muitas deficiências no aprendizado escolar, o que torna mais difícil a missãodo educador, que também vai trabalhar com a psicopatologia* , que trata transtornos mentais para aqueles que já não conseguem abrir mãos das tecnologias.

O vício ainda é um assunto que traz polêmicas, uma vez que, não existe um padrão estabelecido para se determinar se a pessoa é viciada ou não. Só quem pode dar um diagnóstico mais significativo são os profissionais da área da saúde que lidam diretamente com este público alvo.

É comum todos os dias encontrarmos adolescentes e jovens diretamente utilizando aplicativos, deixando de lado seus estudos e desvalorizando a vida das pessoascom quem convive. Quando se fica o dia todo na companhia dos meios de comunicação, o diálogo perde sua força e daí nasce o isolamento como consequência.

A conversa virtual não é a mesma daquela em que se olha olho no olho, transmitindo uma confiança mútua, e além de tudo favorecendo o conhecimento pessoal, isto é, na medida que o outro se deixa conhecer, eu também me abro aos poucos através da conversa. As vezes falamos tudo via whatsapp ,facebook, entre outros, contudo temos muitas dificuldades de falar da vida olhando olho no olho do colega ou até mesmo dos nossos familiares.

Diante do contexto tecnológico existem epidemias de comportamentos viciados em um determinado meio de comunicação. O mais comum é sem dúvida nenhuma, o celular, que vemganhando destaque a cada dia que passa, com a invenção de novas tecnologias.

Se observarmos com atenção, vemos que a tecnologia domina com facilidade uma pessoa, quando a pessoa não tem maturidade e equilíbrio suficiente para discernir se é bom ou não é a vício em certos aplicativos. Por incrível que pareça, jovens e adultos tem uma grande necessidade de se comunicar, e acham um meio prático, que é através dos aplicativos existentes nos aparelhos eletrônicos.

A dependência aparece quando ficamos presos aos e-mails, celulares, chats, whatsapp, facebook, dentre outros. É a partir desse momento que o nosso cérebro entre em uma mudança, podendo atrair doenças psíquicas, podendo atrair doenças. Vamos ver oito doenças que podem ser causadas pelo uso excessivo das tecnologias:

1- Síndrome do toque fantasma: esta doença faz com que você pense que o celular está vibrando no seu bolso, ou onde você preferir;

2- Nomophobia: é a ansiedade que surge quando não se tem acesso a um dispositivo móvel. A definição do termo pode ser entendida da seguinte maneira: "no-mobile phobia" (medo de ficar sem telefone móvel);

3- Náusea Digital (Cybersickness): é a desorientação e vertigem que algumas pessoas sentem quando interagem em determinados ambientes digitais;

4- Depressão de Facebook: esta depressão é causada pelas interações sociais ou a falta de interação no facebook;

5- Transtorno de Dependência da Internet: é uma vontade constante de acessar internet ;

6- Vícios de jogos online: é uma necessidade não saudável de acessar jogos a todo instante;

7- Cibercondria, ou hipocondria digital: é a tendência de acreditar que você tem doenças que leu online, semter o diagnóstico médico;

8- O efeito Google: é uma doença do cérebro humano de pegar as respostas prontas, uma vez que, já estão feitas. Então os seres humanos ficam estagnados diante dele dependendo de tudo.

Os vícios e as dependências a produtos tecnológicos crescem cada vez mais por que durante nossa vida diária vamos abrindo espaços para eles. O importantes é saber usar sempre no momento certo, buscando colaborar com a formação humana, social, afetiva, psicológica e espiritual.

Não façamos de nossa vida uma casa que abriga eletrônicos, com vários aplicativos. É vital dialogar mais com as pessoas, para não ficarmos isolados, como se fôssemos pequenas ilhas.Os vícios nas tecnologias podem ser prejudicais na medida em que passamos dos limites, e não temos maturidade e equilíbrio suficientes para saber usá-los na medida certa.

Para sermos pessoas felizes, precisamos saber conviver, sem dar muita importância às tecnologias. Quando deixamos que o outro faça parte da nossa vida, o diálogo fica mais aberto, e com isso, aprendemos mais, lemos mais e nos relacionamos da melhor maneira possível.

Erivelton dos Santos Pereira
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